O Polão da Região Metropolitana de Porto Alegre, concebido no contexto global do projeto de pedagiamento rodoviário do governo Britto / Yeda com Padilha no Ministério dos Transportes de FHC, foi a solução neoliberal para o problema de saturação da BR 116 na confluência para Porto Alegre.
O contrato do Polão prevê como obras emergenciais a instalação imediata de QUATRO PRAÇAS de pedágio – no Scharlau [BR 116 com RS 240], na Tabaí-Canoas [BR 386 com BR 116], na BR 116 à altura do Zoológico e na RS 118 em direção ao Vale do Gravataí.
O governo Olívio, juntamente com a UFRGS, elaborou o estudo para a viabilização de alternativa para o desafogo da BR 116 sem a implantação de pedágios. O resultado foi o projeto de Anel Viário Metropolitano, que na integralidade prevê um grande roteiro composto por dois eixos de ligação entre a BR 290
No projeto do Anel Viário, a primeira fase de obras prevê a construção imediata da Rodovia do Parque [BR 448], a conversão da BR 116 em Perimetral e a duplicação da RS 118 entre a BR 116 e BR 290 – todas as obras realizadas sem a criação de pedágios. A segunda fase do Anel Viário, que compreende as alças de ligação entre as Regiões Metropolitana e Serra, será iniciada imediatamente após a conclusão da primeira etapa e mediante a obtenção de novas fontes de financiamento.
É inaceitável, por isso, que Yeda proponha um retrocesso com a retomada do plano de pedágios do Britto e do Padilha. E pior: com a instalação de quatro praças de pedágio que arrecadariam durante DEZ ANOS, para só a partir do décimo primeiro ano iniciar uma única obra.
Preocupa a intransigência da candidata em manter a proposta de Polão, apesar da solução já em andamento com os investimentos do governo Lula na Perimetral da BR 116 e na Rodovia do Parque junto com a duplicação da RS 118 pelo governo estadual.
Será que Yeda gostaria de brigar com Lula e cancelar os investimentos públicos federais no Anel Viário? Ou Yeda pretende repassar as rodovias para as concessionárias explorarem com pedágios mesmo que todos os investimentos que estão sendo feitos sejam do setor público?
Yeda mentiu no debate da TV Guaíba quando disse que prefeitos de 31 municípios da Grampal [Associação dos Municípios da Grande Porto Alegre] apóiam a retomada do Polão. Pela simples razão de que a Grampal é composta por DEZ municípios, e nem todos prefeitos aceitam este atraso ao desenvolvimento. A candidata também não conversa com os prefeitos dos Vales, da Serra e da Produção para saber qual a posição deles e de suas comunidades sobre pedágios.
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