quinta-feira, 21 de setembro de 2006

Jogada ensaiada

O nada-isento presidente do TSE, Marco Aurélio de Mello, mais esforçado em impugnar Lula do que em conduzir o processo eleitoral com isenção e imparcialidade, segue se superando na modalidade “reacionarismo de toga”.

Comentando sobre o episódio do dossiê, tem emitido juízos de valor que lhe impedem não só de conduzir as investigações acerca do assunto, como de presidir o processo eleitoral brasileiro. Já aventa a cassação do eleito, caso não consiga impugnar a candidatura de Lula.

No outro lado da Praça dos Poderes em Brasília encontra-se o Senador Heráclito Fortes, do PFL-PI, um jogador do mesmo time do presidente do TSE e que vem aprontando das suas. Propõe a criação de uma CPI para investigar o assunto e que seria instalada, entretanto, somente após as eleições.

As medidas desses dois personagens têm um objetivo em comum: azucrinar Lula desde antes mesmo da posse no segundo mandato. Faz parte do jogo de desestabilização e deslegitimação do governo Lula com vistas ao assalto tucano-pefelista ao aparelho de Estado em 2010.

Os gaúchos lembram bem do que são capazes os reacionários e conservadores ao serem democraticamente derrotados. Durante o governo Olívio Dutra, de 1999 a 2002, houve a oposição raivosa capitaneada pelo PMDB que começou imediatamente após as eleições e se desenrolou até o último dia de governo. Para não esquecer: o ex-governador Britto, do PMDB, incendiou o Estado e recusou-se a transmitir o cargo. Em 1º de janeiro de 2003 Olívio Dutra democraticamente transmitiu o cargo ao atual governador, que se elegeu ironicamente com a promessa abstrata de “pacificar o Estado” [sic] – envenenado pelo seu próprio correligionário de então.

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