O Correio Braziliense da semana passada, e a revista IstoÉ desse final de semana, publicam amplas reportagens sobre a relação entre o esquema de superfaturamento de ambulâncias e o ex-Ministro da Saúde, José Serra.
As matérias se baseiam em fatos que já fazem parte das provas documentais constantes nas investigações, como fotografias e um vídeo de Serra com deputados sanguessugas e a famiglia Vedoin num galpão da empresa Planam, no Estado do Mato Grosso. Aliás, este acervo de provas já circulou pela internet a semanas atrás, e o site Olhar disponibiliza o vídeo para as/os internautas: http://www.olhardireto.com.br/videos/reportagem.wmv.
Na última sexta-feira, Luis Antonio Vedoin e um primo dele foram presos por negociarem a R$ 1,7 milhões a venda dessas provas com pessoas presumivelmente vinculadas ao PT - o advogado Gedimar Pereira Passos e o empreiteiro Valdebran Padilha, filiado ao PT em 2004 e que foi tesoureiro da campanha do partido à prefeitura de Cuiabá.
As suspeitas são de que os materiais seriam comprados para serem utilizados contra as candidaturas de Serra e Alckmin. O difícil é entender se a estupidez e imbecilidade daquelas pessoas que negociaram com os capo da famiglia Vedoin poderia trazer dividendos eleitorais a quem quer que seja.
O Presidente Lula de pronto rechaçou o ocorrido, considerando deplorável a compra de dossiê contra candidatos. Aliás, Lula fala com autoridade de quem foi vítima desses crimes em campanhas eleitorais - o depoimento de Miriam Cordeiro no programa de Collor em 89 é o caso mais emblemático.
O presidente do PT, Ricardo Berzoini, igualmente repudiou o acontecimento, não aceitando denuncismos patrocinados em momentos eleitorais. E o candidato ao governo de SP, Aloízio Mercadante, disse desconhecer as pessoas envolvidas, assim como condenou essas atitudes, que na sua avaliação podem prejudicar sua campanha justamente num momento de crescimento para a ida ao segundo turno contra José Serra.
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