Fossem outros os tempos e fossem outras as vítimas do crime de compra/venda de dossiê e de chantagem eleitoral, o desfecho por certo teria sido outro.
Mas no presente caso, prevaleceu o profissionalismo e a independência da Polícia Federal, que numa operação de inteligência monitorava as negociações obscuras e na oportunidade adequada prendeu todas as pessoas envolvidas.
Bobagem a turma do PSDB bradar histericamente tentando vincular o PT com a estultice de um sujeito recentemente filiado ao partido.
Na era tucana, porém, acontecia tudo ao contrário. O PSDB partidarizou o Estado, e instrumentalizava a Polícia Federal para viabilizar seus interesses políticos e eleitorais e, obviamente, proteger-se dos mega-escândalos praticados.
Quem não lembra da operação da PF em março de 2002 com a espionagem na empresa Lunus, que resultou na derrubada da candidatura de Roseana Sarney e na consolidação de José Serra como candidato do PSDB/PFL?
Como esquecer do escândalo da Pasta Rosa, sobre a promiscuidade entre o BC e o Banco Econômico de Calmon de Sá? Naquele caso, contudo, a PF foi corrida da Bahia pelo conhecido coronel e oligarca ACM. Sem se mencionar um sem-fim de outros escândalos abafados pelo tucanato.
Por isso, tão inaceitável quanto o crime de compra/venda de dossiê, é o oportunismo em época eleitoral daqueles que aproveitam a situação para se vitimizarem ao extremo, acusarem genericamente os seus adversários para assim passarem por inocentes.
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