segunda-feira, 9 de julho de 2007

Robert Fisk: jornalismo da justiça, da decência e posicionado

No final do último junho a Folha de São Paulo antecipava a vinda de Robert Fisk ao Brasil para participar da Feira Literária Internacional de Parati [FLIP] a fim de lançar seus dois novos livros – “Pobre Nação” e “A grande guerra pela civilização”.

O jornal realizou então uma entrevista muito interessante, na qual o correspondente britânico falou sobre a situação Palestina, a relação do mundo ocidental com o Oriente Médio, islamismo, governo Bush e, obviamente, sobre como exerce jornalismo.

Robert Fisk diz temer que George Bush invada o Irã em 2008: “Acordo todas as manhãs e penso: aonde esse homem nos levará hoje?”.

Refutando a imputação de que ao criticar Bush e a posição do governo dos Estados Unidos estaria assumindo posições favoráveis ao mundo oriental, Robert Fisk responde ao repórter e à hipocrisia da imparcialidade da mídia:
- “Veja o que escrevi sobre os Saddams e Arafats da vida. Sou bastante crítico a eles. Assim como à maioria dos regimes árabes. Como jornalista, você tem de estar do lado da justiça, do equilíbrio, da decência, tem de se posicionar. O Oriente Médio não é um jogo, onde você dá tempo equivalente para cada time. Não é um julgamento público, é uma imensa tragédia humana. Se estivéssemos cobrindo o tráfico de escravos no Brasil no século 17, nós daríamos o mesmo espaço ao escravo e ao traficante?

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