Muitas pessoas da esquerda social e partidária ajudaram, com suas assinaturas, a legalização do PSOL. De boa fé e mesmo divergindo da opção daqueles que saíram do PT de fundarem um outro partido, muitas pessoas concederam apoio democrático para que os dissidentes do PT pudessem viabilizar uma alternativa política e institucional.
Gente do PT, PCdoB, PSB, dos movimentos sociais, intelectuais e tanta gente que, mesmo não vinculada a partidos políticos, apoiou o direito de reconhecimento formal do PSOL.
O que ninguém poderia aceitar é que o PSOL se transformasse em braço acessório do PSDB e do conservadorismo brasileiro. Falando claro: que o PSOL fizesse o jogo da direita.
Os fatos e circunstâncias em que isso ocorre são abundantes. Às vezes nem mesmo se consegue distinguir se uma generalização adjetiva contra o PT foi feita pela Heloísa Helena ou pelo ACM, por Serra, Alckmin ou pelo FHC.
Nas eleições no RS não é diferente. O candidato do PSOL, Roberto Robaina, tem como esporte predileto atacar neuroticamente Olívio e o PT. Ele simplesmente secundariza – quando não abstrai – as candidaturas neoliberais de Rigotto e Yeda. Ataca o PT e Olívio e ataca baixo, mas não num debate programático.
É lamentável que o PSOL tenha se tornado uma caricatura de si mesmo, do seu dogmatismo e do messianismo dos “novos” dirigentes revolucionários. Segue a pior tradição da esquerda doutrinária que crê no determinismo da história e perde a noção histórica e estratégica de discernir quem são e onde estão os adversários de classe.
O Olívio, no primeiro governo democrático e popular do Rio Grande do Sul, foi vítima da vilania da direita. Vilania de quem reivindica tradição de esquerda tem outro nome.
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