quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Se houve armação não pode ficar no TSE

Marco Aurélio de Mello não pode continuar presidindo o TSE. O Ministro, além de ter alardeado com muito barulho a existência de grampo telefônico no TSE de maneira irresponsável e precipitada, agora desdenha do trabalho técnico da perícia criminal da Polícia Federal.


Continua atuando como agente político, não como magistrado. Com a revelação de que não há indícios de existência de grampos, Mello não só pode ser suspeito de ter feito uma armação, como com seu comportamento perde o pouco de confiança para presidir o processo eleitoral brasileiro.


A Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais [APCF] divulgou nota oficial hoje contestando as declarações do presidente do TSE, que põe em dúvida o trabalho dos peritos profissionais. A nota está acessível no sáite daquela Associação [clique].

O trecho final da nota diz o seguinte, numa referência direta ao narciso de toga:

Num momento já contaminado pela excitação que a disputa eleitoral naturalmente levanta, alguns, infelizmente, parecem preferir os holofotes da imprensa, sob os quais tentam manter-se a qualquer custo, ao invés de recolher-se à reflexão ponderada sobre as próprias falhas cometidas ao longo do episódio.

É como a pessoa que, insatisfeita com a própria aparência, volta sua ira contra o espelho, como se ele fosse o culpado.


Nunca foi tão recomendável o acompanhamento externo das eleições no Brasil. A direita do país se articula em todos os planos e em todos os poderes para desestabilizar o governo e, na hipótese de vitória re-eleitoral de Lula já no primeiro turno, prosseguir atacando-o com a virulência udenista de sempre.

E por fim, o que falta para que algum partido político peça o impedimento do presidente do TSE?

Um comentário:

Claudinha disse...

Falta departamanto jurídico de força no campo da esqquerda. Há anos que o Presidente Lula sofre com todo o tipo de mentira e humilhações e o jurídico do Partido não faz absolutamente nada. E a OAB ainda faz coro com a direita. A reforma administrativa se faz urgnete, inclusive, para criar mecanismos de controle público do judiciário!!!