* Maria do Rosário fez 179.587 votos, correspondentes a 22,73% do total de votos válidos; percentual que é inferior a todas as participações eleitorais do PT em Porto Alegre, com exceção de 1985 [primeira eleição em capitais depois do fim da ditadura militar, quando se apresentou com Raul Pont] e do primeiro turno a governador em 1990 com Tarso Genro.
* Foram eleitos 7 vereadores do PT e outro na coligação da Frente Popular; menor bancada partidária desde 1988. Ainda assim, o PT elegeu a maior bancada individual da Câmara de Vereadores.
* O PT já não teve a maior votação de legenda nesta eleição, perdendo posição para o PMDB.
São circunstâncias extraídas do primeiro turno eleitoral que, vistas em conjunto com o alto percentual obtido pelo atual prefeito, que foi de 43,84%, informam que é essencial o trabalho árduo acompanhado de drástica mudança na condução da campanha de Maria do Rosário para a reconquista de Porto Alegre.
A desvantagem de Marta Suplicy em São Paulo obrigará o PT a adotar uma campanha mais agressiva na disputa contra os adversários do governo Lula. Quem sabe esta necessidade não seja um aspecto a influenciar a mudança de fisionomia da campanha do PT em Porto Alegre no segundo turno.
Um comentário:
Pensando bem, a diferença para menos se dá num contexto em que surge o PSOL e PCdoB e PSB saem da Frente Popular. Tenho a sensação, que essas "deserções" podem tb explicar a diferença.
Por outro lado, o PT municipal parece não ter conquistado novas adesões, novas lideranças e ter realizado trabalho de base nesses últimos anos.
Com o refluxo do conservadorismo no estado e na cidade, trata-se de uma situação muito dramática este segundo turno.
Claudia.
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