quinta-feira, 10 de maio de 2007

Quando privilégio e impunidade se parecem a mesma coisa

Suas excelências, os deputados federais, aumentaram ontem em 28,5% os próprios salários, que passam para 16.512,09 reais. Na mesma sessão também aumentaram os salários do Presidente da República e dos Ministros de Estado, que passam respectivamente para 11.420,21 e 10.749,02 reais.

A medida tem vigência a partir de 1º de abril, portanto Suas Excelências receberão retroativamente as diferenças havidas. Com o aumento nos salários, suas excelências atenuam a condição de heróis sacrificados dos Ministros de Lula.

Suas Excelências na verdade se mobilizam forte desde o final do ano passado para aumentarem os próprios salários em 91% [abordado em dez 2006 por BiruTaDoSuL nos artigos “A deformidade dos salários” e “Deputação ou Depravação?”, clicar para lembrar] para passarem a receber o mesmo teto do Poder Judiciário, de 24.500 reais.

Ao invés de aumentarem os próprios salários para 16 mil reais, Suas Excelências deveriam propor seu congelamento e vincularem qualquer novo aumento a determinado número de salários mínimos.

Nos dias atuais, de descrédito e desgaste do Parlamento, do Poder Judiciário com membros implicados com a máfia da jogatina gozando de leis especiais, privilégio e impunidade passam a impressão de serem a mesma coisa.

3 comentários:

Eugênio Neves disse...

Vou te contar uma história do Fórum. O Dep. Julio Semeghini, presidente da CCTI da Câmara dos Deputados, deixou o debate por um tempo, do qual era painelista na tarde do dia 9/5, retonando em seguida. Motivo: votação importante a qual "não poderia se ausentar". Adivinha qual foi?

Claudinha disse...

Não percebi que estava logada com o endereço do Eugênio e escrevi o comentário anterior em seu nome.
:-)

Biruta do Sul disse...

Querida Cláudia, no caso de "Suas Excelências", vale o dito "de onde menos se espera, é de onde não sai nada mesmo"!
Abraços