terça-feira, 12 de dezembro de 2006

Não precisa ser, mas tem de ter gratidão

O presidente Lula até pode, de fato, não se considerar alguém de esquerda, muito embora o governo por ele capitaneado - com todos limites, contradições e avanços – ainda tem situado o Brasil à esquerda na política internacional e diminuído as desigualdades e injustiças sociais no plano interno.

É certo que a esquerda não-dogmática do país – de inserção social, partidária ou intelectual - tem demonstrado sapiência e noção estratégica para compreender perfeitamente a complexidade do momento histórico e saber discernir de que lado o jogo deve ser jogado.

Até por isso o presidente poderia expressar melhor gratidão pela esquerda, esta condição honrosa que para muitos independe de idades, gerações e principalmente de circunstâncias. Afinal, foram os valores, os compromissos e o discurso de um mundo melhor, portados pela esquerda, que o elegeram presidente para mudar o Brasil. Duas vezes.

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