sábado, 14 de outubro de 2006

Eleição sem política

Que Yeda é defensora das privatizações, até as pedras do sofisticado bairro do Morumbi - na cidade de São Paulo, onde ela nasceu - sabem. E isso é dito não para ofender a candidata e a coligação conservadora montada em torno da sua candidatura, mas unicamente para clarificar o debate e tornar a eleição um momento de escolha consciente, para que as pessoas não comprem gato por lebre.

Mas Yeda se ofende com a verdade e tenta transformar o debate franco e direto em crime. Ora, o próprio candidato Olívio perguntou a ela no debate da TV Band sobre esta matéria de maneira franca e respeitosa, não como uma insinuação ou boato.

Mas Yeda e sua turma, que é composta pelas mesmas figurinhas manjadas que com o PSDB e Britto exterminaram o Rio Grande no passado, não aceitam o fato de que a balela de que representam o “novo” tenha sido desmascarada.

A candidata e seu bloco conservador, de cepa autoritária, não aceitam a crítica política. No primeiro turno, entraram na Justiça para proibir o PDT de veicular comentários sobre o racismo e os preconceitos dela em relação às religiões afro.

Do jeito que esta turma quer, proibindo que se discuta política em época eleitoral, a eleição seria convertida num concurso de propaganda sem povo, sem debate de idéias e com condenação para quem discutir política.

E quanto mais ardilosa e enganosa a propaganda – como a de Fogaça em 2004 -, maior a possibilidade de êxito eleitoral. Nesta arte, os yuppies do lado de lá, ex-petistas rancorosos e recalcados, se especializaram nas técnicas de Joseph Goebells.

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