Nas eleições, as atitudes do Ministro por muito pouco não produziram conseqüências imprevisíveis à normalidade democrática e ao processo eleitoral. Antes de se portar como magistrado, Marco Aurélio foi um destacado artífice político. Emitiu sistematicamente opiniões políticas, fez declarações controvertidas acerca da crise política e, pior que tudo, irresponsavelmente lançou suspeitas de instalação de grampos telefônicos no TSE, o que posteriormente foi comprovado não ter ocorrido. Mais: Marco Aurélio chegou a insinuar o mando do Executivo na ação!
Ainda no primeiro turno das eleições, quanto mais su
Nos pronunciamentos em cadeia de rádio e televisão proferido à toda a Nação convocando o povo brasileiro a votar, Marco Aurélio não conseguiu conter seu ímpeto militante e fez proselitismo político-eleitoral em favor de “mudança”, ou seja, em favor de Alckmin.
A biografia de Marco Aurélio de
Na recente incursão de Marco Aurélio no debate público, o Ministro-sem-predicados-de-ser-Ministro defende o descumprimento do teto salarial no Poder Judiciário se a remuneração astronômica dos agentes do Judiciário “foi alcançada legitimamente” [sic]. Marco Aurélio, com sua peculiar lógica de raciocínio, considera que possa haver legitimidade – e sabe Deus, justiça - na auto-atribuição pelo Judiciário de um super-salário de mais de R$ 30 mil reais - num país de salário mínimo quase cem vezes menor.
Não raro muitos desses que advogam em causa própria proferem sentenças criminalizadoras do povo e de suas organizações que lutam por direitos legítimos, historicamente subtraídos. No Brasil do século XXI, um monumental abismo separa o imperativo de construção da justiça social e da democracia política e cidadã do obscurantismo que rege a mídia e o Poder Judiciário, insuscetíveis ao controle público e democrático.
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