segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Livre, leve, solto e bem aposentado

Ubirajara Macalão, diretor da Assembléia Legislativa gaúcha filiado ao PTB até ser recentemente expulso e que no cargo de Diretor de Serviços Administrativos desviou mais de 3,3 milhões de reais com a fraude dos selos [afora outras falcatruas com telefones, carros, serviços de limpeza, etc], foi solto da prisão temporária por determinação judicial.

Macalão, que não se chama Angélica Teodoro porque não é uma jovem mulher negra e pobre da periferia paulista e que não roubou um pote de margarina de valor de 3,2 reais, nem precisou de hábeas corpus para obter liberdade. Já a miserável Angélica só saiu do Cadeião Pinheiros depois de quatro meses de cana e de dois hábeas, sendo que o segundo impetrado no STF. [Ler sobre a sina da Angélica ...]

E, ao que tudo indica, Macalão terá outro privilégio: uma aposentadoria polpuda, calculada sobre o valor integral de 15 mil reais de salário de quem entrou no serviço público sem concurso, pela porta dos fundos, com salário merrequinho e que com “bons serviços”, regalias, privilégios e jeitinhos passou a receber salário nababesco.

Um comentário:

Jean Scharlau disse...

Isto mostra quem domina o judiciário, que são bem sócios de quem domina o legislativo, que aqui no estado são bem sócios de quem domina o executivo, que são mui sócios de quem domina a mídia - resumindo, estão todos felizes e tranqüilos. Só o que pode tirar-lhes a tranqüilidade é vir uma rebarba da periferia marginal querer roubar margarina e que amanhã pode estar querendo roubar algo de algum dos sócios, seqüestrando, matando, e isso os sócios não podem tolerar, por isso cortam o mal pela raiz.