Além da excelente música, a conversa agradável com Ricardo Vilas nos aproxima de uma parte crítica da história do Brasil que foi o golpe militar, a repressão política e o exílio. Ricardo fez parte, juntamente com Zé Dirceu, Flávio Tavares, Wladimir Palmeira, Fernando Gabeira, Franklin Martins e outros ativistas políticos, do grupo de militantes do MR-8 e da ALN que foi trocado pelo embaixador norte-americano Charles Elbrinck em 1969.
Ricardo é um dos nove militantes remanescentes daquela experiência, e nesta condição prestou depoimento para o filme-documentário Hércules 56, dirigido pelo cineasta Sílvio Da-Rin, que relata o episódio do seqüestro do embaixador norte-americano e a troca pelos militantes políticos presos que rumaram em direção ao prolongado exílio. O filme, aliás, será lançado no 39º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro sendo exibido na seção de encerramento do festival, no próximo dia 28/11 – aqui se acessa a resenha do filme.
O show do Ricardo Villas, que terá acompanhamento de excelentes músicos gaúchos como Cláudio Sander e Leonardo Ribeiro, acontece hoje às 20h no Café Concerto da Casa de Cultura Mário Quintana.
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Tom Zé também é outra apresentação destacadíssima que acontece na bela e doce capital de todos os gaúchos e gaúchas. O show, que segundo o próprio Tom “não é música, é jornalismo cantado”, é mais uma exuberante performance deste revolucionário artista brasileiro.
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