A candidata Yeda compareceu na noite de 06/09 à entrevista especial que a TVCom promove com os candidatos ao governo estadual. Além de demonstrar um impressionante desconhecimento dos problemas do Rio Grande e das necessidades do povo gaúcho, a candidata se embananou feio em pelo menos duas situações.
Primeiro, disse que uma de suas principais prioridades, o projeto de irrigação, será realizado através de PPP´s [Parcerias Público-Privadas]. Mas não soube explicar como isso seria possível, pois dificilmente algum “parceiro-privado” aceitaria ser remunerado do investimento com sacas de grãos, animais abatidos, etc. Então, diante do aperto, não hesitou em usar um dos seus disfarces e partiu para a fórmula que habitualmente repete: “isso eu mostrarei no primeiro dia de governo como será feito”!
E o outro embaraço foi quando respondeu como enfrentaria a determinação do Poder Judiciário de aplicar os porcentuais constitucionais na saúde e na educação. Aí veio outra pérola: disse que vai abrir o Caixa do Estado para o Judiciário e mostrar que não há o que fazer! Ou seja, nada de financiamento adequado [e constitucional] da saúde e da educação. E emendou dizendo que “tem uma programação para tirar o Rio Grande da crise”. Então tá.
No mais, passou todo o tempo da entrevista repetindo seus clichês e bordões [tipo “jeito novo de governar”] e sem responder com objetividade e sinceridade os assuntos abordados.
quinta-feira, 7 de setembro de 2006
Irrigação, enrolação, disfarces ....
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Um comentário:
Quando ela mencionou as PPPs a fim de viabilizar projetos de irrigação eu quase tive uma síncope. As PPPs de iniciativa pública contemplam o setor empresarial exatamente para, em contrapartida a seu investimento, oportunizar-lhes o lucro por um período determinado. Se ela encontrar um empresário sequer interessado em investir em projetos de irrigação terá praticamente encontrado a reencarnação de Robert Owen, e olhe lá, como bem apontaste.
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