quinta-feira, 7 de setembro de 2006

O jeito super-manjado

As eleições deste ano sugerem estar em andamento um novo truque eleitoral do conservadorismo gaúcho.
Em dois momentos eleitorais recentes, a trucagem e o engodo venceram a política e a discussão honesta de projetos e de programas.
Primeiro, foi na eleição do atual governador em 2002, eleito sob o lema abstrato de “pacificar” o Rio Grande, um Estado incendiado e envenenado pelo sectarismo e ódio promovido principalmente pelo próprio partido do atual governador – o PMDB –que, vale lembrar, se recusou a transmitir o cargo ao governador eleito em 1998, Olívio Dutra.
Nas eleições seguintes, para prefeitos municipais em 2004, um discurso fácil de “manter o que está bom e mudar o que precisa ser melhorado” seduziu o imaginário social e foi uma variável a pesar na derrota do PT nas principais cidades gaúchas onde governava – Porto Alegre, Caxias do Sul e Pelotas.
Neste ano, as duas principais candidaturas conservadoras, de Rigotto e de Yeda, outra vez tentam aplicar truques eleitorais usando bordões e fórmulas propagandísticas que buscam fixar fantasias no imaginário popular.
Yeda, por exemplo, repete à exaustão o bordão de que representa um “jeito novo de governar”. Pura balela! Yeda e o PSDB são manjados pelos desastres neoliberais que causaram tanto ao Brasil com FHC, como ao Rio Grande.
O PSDB foi vice-governador de Britto, quando houveram privatizações, demissões de servidores públicos, desmonte da saúde, da educação e da segurança e a transferência de bilhões de reais para poucas grandes empresas nacionais e transnacionais.
E em 2002 o PSDB de Yeda elegeu o vice-governador do atual governo, que aplicou o maior tarifaço da história do Rio Grande, desviou dinheiro da saúde, da educação e da segurança, agravou a situação das finanças públicas e que mesmo assim transferiu 5 bilhões de reais para empresas gigantes, que não precisam de subsídios.
Yeda, na verdade, é o velho neoliberalismo travestido de “choque de gestão” e “novo jeito de governar”. Não tem nada de novo. Ao contrário, quer retornar com a agenda neoliberal embolorada e privatizar o Banrisul.

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