Jeferson Miola
A cambiante conjuntura política gaúcha deu uma reviravolta de 180 graus nas últimas duas semanas. O Governo Yeda foi tirado do canto do ringue.
A base parlamentar se reagrupou monoliticamente, sem deserções. O Vice-Governador, que conhece em detalhes e tem documentadas muitas falcatruas - do financiamento eleitoral de Yeda a obscenidades do governo – perdeu o “furor ético” e silenciou. As classes empresariais - intendentes da “capitania hereditária” – colocaram todas as fichas no governo moribundo que subsistiu da crise. A mídia gaúcha passou a repercutir a crise em medida inversamente proporcional à proximidade do escabroso escândalo com a Governadora.
O conservadorismo político, econômico e midiático gaúcho conseguiu, a partir de um grande arreglo, recompor seu bloco. Em breve saberemos, entretando, ao “preço” [expressão utilizada pelo ex-Chefe da Casa Civil que denota a precificação das coisas e das pessoas] de quantos Detrans, Banrisuls, CEEEs, anistias e favores fiscais, empréstimos facilitados, isenções tributárias, concessões públicas, publicidades pagas e etc.
Esta é parte conhecida e abominável do jogo político praticado pelo reacionarismo da província. É a lógica do vale tudo desde que seja para prejudicar o PT ou para não permitir que circunstâncias possam favorecê-lo. É a velha política feita com ódio e de maneira odiosa. A mesma maneira que, aliás, obrigou o Rio Grande a esta tragédia que é o Governo Yeda, em nome da obstrução do retorno do PT ao Piratini.
Eles não querem o melhor para o Rio Grande, mas sim conservar os seus melhores interesses e privilégios. Eles não pensam no que poderia melhorar a vida de todos, mas naquilo que não atrapalhe os seus objetivos. Eles não fazem política a favor de alguma coisa, mas contra o PT. Eles sempre optam por planos para derrotar o PT, e nunca por projetos para governar o Estado ou as cidades - mesmo que os planos contra o PT sejam prejudiciais ao povo e ao futuro, e mesmo que os projetos do PT sejam o melhor para a sociedade.
Muitos deles fazem política com ódio e preconceito contra o PT, e têm medo daquele PT autêntico e programático que operou importantes transformações em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul. Foi assim que elegeram Yeda, com a idéia fantasiosa, mítica e vazia do “novo jeito de governar”; a reedição estadual da fraude “nirvanesca” que aplicaram com Fogaça em Porto Alegre para derrotar o PT. O Rio Grande e Porto Alegre ficaram pior com eles, mas como o que lhes interessa é “tirar” o PT e não deixá-lo voltar, então para eles a coisa está boa e deve continuar, mesmo que a população os repugne.
No fundo, isso ajudará o PT nas eleições deste ano. Eles estão todos empulerados no mesmo galho. A opção pela corrupção, ódio e desfaçatez lhes cobrará um alto “preço” [para usar novamente a expressão ao gosto de um dos “guias” deles]. Parafraseando o poeta Mário Quintana, eles passarão, nós passarinho ...
2 comentários:
O q acontece no Rio Grande é o mesmo q aconteceu no Vietna e Chile, um governo social democrata sem amarras produz desenvolvimento, armonia, felicidade e menos lucros aos dominadores.
A equipe de Olivio mostrou q é possivel um Rio Grande forte, onde o povo viva feliz, e por isso deve ser destruida a todo custo.
O Paraguai tb foi destruido em funçao dos avanços sociais, industriais e economicos q alcançou, sem ficar devendo 1 centavo à Inglaterra. Foi destruido.
Temos de levar isso em consideraçao, saber vence-los no jogo deles.
Por isso q o simom anda tao furioso...por isso esperneia pq o EMPRESTIMO nao é liberado...VAO USAR O $$$ PARA PAGAR OS CONCHAVOS...e depois querem q nòs paguemos pelo emprestimo...a ta... em engana q eu gosto.
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