sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Excelências ... na arte do engodo

Brasília é, provavelmente, uma das principais escolas de malandragem do mundo. Mas infelizmente não no sentido “brasiliano” e popular da expressão.

As Suas Excelências que habitam aquele reino - e atuam no Executivo, Legislativo, Judiciário, setor imobiliário, negócios, na vida, etc – sempre inventam maneiras extremamente criativas para tirar novas e permanentes vantagens e ampliar os velhos e polpudos privilégios.

Nesses últimos dias, algumas dessas Suas Excelências, os Senadores da República que habitam o lamaçal de uma “Casa” que a muito tempo deveria ter sido extinta, pousaram de moralizadores com a falsa proposição de extinguir a verba indenizatória de quinze mil reais a que têm direito mensalmente [por critério de “justiça”, as outras Suas Excelências, os nobres Deputados Federais, também percebem o mesmo valor ao mesmo título!].

Tal proposta, ao contrário de propiciar economia de gastos e tornar transparente o controle das despesas daquela “Casa”, conforme alardeado por amplos setores da mídia a-crítica, na verdade viabiliza [1] o privilégio de aumento de salário de Suas Excelências para R$ 24.500 e, ao mesmo tempo, [2] põe uma tampa no bueiro que é o descontrole e falta de critério do uso do dinheiro da verba indenizatória.

E por que isso? Simplesmente porque Suas Excelências utilizam os quinze mil reais todo o santo mês para fins desconhecidos e sem prestarem contas dos gastos realizados! Convém-lhes agir rápido, evitando que o habitus de tão transcendental “Casa” possa se tornar fonte de novos escândalos e dores de cabeça, o que já não falta naquela “Casa”.

Pra trouxas, definitivamente, Suas Excelências não servem. Principalmente quando agem às custas do povo.

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