quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Pergunta às professoras Yeda e Mariza

A governadora Yeda faz exatamente aquilo que se sabia que faria: o oposto ao prometido na campanha eleitoral. Jurava que não aumentaria impostos e antes mesmo da posse enviou o projeto de tarifaço para a Assembléia Legislativa. Desmentia neuroticamente o vice-governador Paulo Feijó quando ele declarava abertamente que privatizariam o Banrisul e agora, com a venda das ações na Bolsa de Valores, inicia a privatização do Banco Estadual.

Yeda também prometia a redenção nas áreas sociais com o atingimento do nirvana na educação, e agora faz exatamente o oposto aglomerando a gurizada em classes escolares que poderão ter até inaceitáveis cinquenta alunos. A isso a governadora Yeda, uma frasista de péssimo gosto, chama de "enturmação".

É de se perguntar à professora Yeda e à sua secretária de Educação, a também professora Mariza Abreu, se aceitariam aglomerar – ou na linguagem delas "enturmar" – seus filhos em lugares que se assemelham mais a depósitos humanos do que a escola.

3 comentários:

Claudinha disse...

Gente... é impressionante a devastação desse governicho e ainda nos primeiros sete meses de mandato! O RS encontra-se-á terra arrasada em 2010. Isso me faz lembrar aquele chiste sobre filmes de violência: terminou por falta de personagens vivos. O terror é que, hoje, gaúchos morrem aos roldões por homicídios; amanhã, serão as pessoas sem saúde, sem terra arável, sem água potável, sem educação...

O LENTE disse...

Essas duas, se é que posso chamar de pessoas, não merecem ser chamadas de professoras. Isso não é governar, governar demanda ética, competência, moral e profissionalismo, isto os políticos brasileiros não possuem. O que nos deixa incrédulos é que esses seres passaram por uma escola, e quando têm a oportunidade de mudar alguma coisa simplesmente agem com descaso, cuspindo no prato que comeram.

Claudinha disse...

Também me manifestei assim nos blogues Agente65 e RSurgente:
"Agente65, não me surpreendi com a decisão "çábia" da desgovernante e sua secretária. A lógica de governar é a da empresa privada. As escolas de ensino médio privadas, muitas delas com a pecha de beneficentes para se isentarem do pagamento dos impostos, já possuem turmas com quase 50 alunos. Na sala do irmão do meu filho tem 46; a do filho de um amigo, outros quarenta e tantos. Duas escolas tradicionais de POA... Ora, frente a esta "realidade" da escola privada, por que não "aplicá-la" na escola pública, não é mesmo? Mas como sempre para esta gente, escapa um "detalhe": ainda que as escolas privadas possuam os tais 1,20m² por aluno, a priori, as famílias têm condições de darem apoio pedagógico, psicológico e médico em caso de um adolescente necessitar de tais atendimentos. Salvo exceções, não é esta a realidade da escola pública secundária (e primária), cujo poder aquisitivo dos pais não permitirão nenhum apoio extra. Sem falar no tamanho das salas de aula (estarão conforme especificações do Conselho Estadual de Educação?); nos prédios sucateados, na ridícula remuneração de seus professores, nas péssimas condições de trabalho, etc.
Ou seja, esta "dupla" está preparando mais uma desgraça na educação, colidindo frontalmente com o discurso de campanha. Aliás, que povinho de merda esse nosso, hein? Escolhem candidatos via slogan e eu sou testemunha disso, já que não sou surda: "união pelo riogrande"; "manter o que está bom...", "novo jeito de governar" e "chega de pt", quer dizer, "grandes" argumentos politizados!!!"