segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Equivalências

Lula teve vitórias significativas em 20 unidades da federação, chegando a fazer 86,80% no Amazonas, terra do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio. Na quase totalidade dos casos, o bom desempenho de Lula impulsionou as candidaturas aliadas aos governos estaduais.

Nos três estados do Sul, entretanto, apesar de ter melhorado a votação em relação ao primeiro turno, Lula ficou atrás de Alckmin, se convertendo numa espécie de teto de votação para os candidatos aliados aos governos estaduais.

Houve uma nítida correlação entre a votação de Lula e os resultados de Olívio no Rio Grande do Sul, de Amin em Santa Catarina e de Requião no Paraná, assim como houve equivalência de desempenho entre Alckmin e seus aliados nesses Estados, como se observa no quadro abaixo:

PARANÁ

LULA

2.663.423

49,25%

REQUIÃO

2.668.611

50,10%

ALCKMIN

2.744.697

50,75%

OSMAR DIAS

2.658.132

49,90%

SANTA CATARINA

LULA

1.481.344

45,47%

AMIN

1.511.916

47,29%

ALCKMIN

1.776.776

54,53%

LUIZ HENRIQUE

1.685.184

52,71%

RIO GRANDE DO SUL

LULA

2.811.658

44,65%

OLÍVIO

2.884.092

46,06%

ALCKMIN

3.485.916

55,35%

YEDA

3.377.973

53,94%

Em todas as situações, Lula teve votações e percentuais muito próximos dos candidatos aliados, porém Lula sempre teve desempenho inferior aos aliados. E o oposto é percebido no desempenho de Alckmin, que teve votações e percentuais muito próximos dos seus aliados e sempre obteve desempenho superior às candidaturas aliadas.

Neste contexto, é admissível pensar-se que a candidatura de Lula favoreceu as candidaturas aliadas onde ele teve bom desempenho, mas o desempenho de Lula impediu o crescimento das candidaturas aliadas onde o próprio Lula teve desempenho ruim.

É provável que, no três Estados sulistas, foram as candidaturas aliadas que puxaram a candidatura de Lula para cima, e tiveram o crescimento contido devido ao comportamento do eleitorado em relação ao governo Lula e ao próprio candidato.

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