domingo, 3 de dezembro de 2006

Em nome da justiça e da história

Teve início uma campanha [texto adiante] de apoio à ação judicial declaratória impetrada pela família Maria Amélia e César Teles contra Brilhante Ustra, torturador responsável pelo DOI-CODI em São Paulo no período mais escabroso da repressão militar. A vitória da família Teles cria um novo paradigma jurídico e institucional acerca do julgamento dos crimes ocorridos no período ditatorial, colocando o Brasil na mesma trilha dos demais países do continente latino-americano.

Para que nunca mais aconteça, para que não se esqueça, todo apoio à família Teles! Para tanto, basta enviar email para apoioafamiliateles@gmail.com.


São Paulo, 23 de novembro de 2006

Tendo sofrido seqüestro e tortura entre 1972 e 1973, Maria Amélia de Almeida Teles (62 anos) e seus familiares – o marido César Teles (62), os filhos Janaína Teles (39) e Édson Teles (38), e a irmã Criméia de Almeida (61) abriram processo contra Carlos Alberto Brilhante Ustra, o "Tibiriçá", hoje com 74 anos, coronel reformado do Exército, que comandou o DOI-Codi de São Paulo entre setembro de 1970 e janeiro de 1974.

Trata-se de ação declaratória impetrada pelo advogado Fábio Konder Comparato junto à 23ª Vara Cível do Foro Central de São Paulo, exigindo o reconhecimento de ocorrência de danos morais e físicos, em processo que não envolve punição criminal ou indenização pecuniária.

Os abaixo-assinados em anexo prestam integral apoio a essa causa, por considerá-la atributo fundamental da democracia e por entender que a ofensa aos direitos humanos, como praticada durante a ditadura militar, não está sujeita a prescrição.

Os interessados em assinar a moção favor enviar seu nome ou instituição que representa para o e-mail apoioafamiliateles@gmail.com. A lista dos abaixo-assinados será atualizada a cada três dias.

Cordialmente,

Grupo de Apoio a Família Teles

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