A governadora eleita do Rio Grande, Yeda Crusius Credo [YCC], cometeu uma série de deslizes e gafes no programa do Jô Soares na TV Globo. Tentando aparentar familiaridade com o linguajar gauchesco e parecer simpática à cultura gaúcha, YCC errou feio ao fazer piada de mau gosto com a morte da mãe do cantor tradicionalista e também finado Teixeirinha. Dentre outras asneiras, disse que “pantalha” é uma indumentária típica dos gaúchos – talvez de gaúchos ligados na tomada ....
Mas as mancadas da governadora eleita valem menos pelo conteúdo do que por simbolizarem a desconstituição precoce da artificialidade e da trucagem apresentada nas eleições. Ou, dito claramente: está caindo a máscara eleitoral e a fantasia ilusionista para ganhar votos.
Nas negociações para montagem do governo, YCC reagrupa a velha turma que dilapidou o Estado, ressuscita personagens manjados na cena pública e portadores de um jeito antigo e fracassado de governar. Não tardará a hora em que a governadora eleita tentará impor seu verdadeiro programa, aquele que foi sistematicamente escondido nas eleições. Ela dá indícios de que poderá transferir antecipadamente ao governo Lula a culpa pelas dificuldades, ao considerar como pauta prioritária a redução para 9% do percentual da dívida. Nas eleições, sempre dizia que a renegociação da dívida, feita pelo Britto e FHC, foram como "um bombom maior que a festa da Páscoa na Serra".
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